Sentir a diferença – Sentir o braille

Publicado em Fevereiro 16, 2023

Mais uma vez, a vice presidente da Associação Cabra Cega, Madalena Teixeira, colocou a sua experiência e conhecimento ao serviço da sensibilização dos alunos no que respeita à vida do cego, desta vez, através do braille, um sistema de escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão.

Assim, proporcionou aos alunos das turmas de 3º ciclo ( 7ºs A, C e F; 8ºs A, B, C, D e F e 9ºs A, B, D, E e F), uma aula especial – fez um contexto histórico, transmitiu-lhes o processo de elaboração de livros e documentos escritos em braille, apresentou o alfabeto transposto para este sistema de escrita e envolveu os alunos na dinâmica interessante de os colocar a ler o nome de um dos colegas da turma, através de uma tira de papel em braille distribuída aleatoriamente.

Esta experiência assaz impactante voltou a ser uma forma de sensibilizar para a diferença, motivando todos a respeitarem aqueles cujos olhos não são uma forma de apreender a realidade.

Bem-haja, pois, a docente, pelo seu trabalho incansável, na colaboração com a BE em transmitir, melhor do que ninguém, estes valores de cidadania. Parabéns, Madalena!

No final desta maratona em braille, a docente disponibilizou no espaço de exposições da BE revistas em braille , possibilitando à comunidade escolar a sua leitura, através do alfabeto em braille e da respetiva correspondência em grafia a tinta.

TAMBÉM OS ALUNOS FIZERAM UMA REFLEXÃO SOBRE A SUA EXPERIÊNCIA. AQUI FICA:

“Atividade em colaboração com a Associação “Cabra Cega”

Na passada segunda-feira, dia 23, na aula de Cidadania e Desenvolvimento fizemos uma atividade muito interessante em colaboração com a Associação Cabra Cega, que consistia em aprendermos como se lê e como se escreve com a simbologia braille (sistema de escrita tátil para pessoas cegas ou com baixa visão).

A Associação Cabra Cega é uma associação que disponibiliza conhecimento e as condições necessárias às pessoas com deficiências visuais. A associação ajuda as pessoas com baixa visão a adaptarem-se à sociedade com as restrições que lhes são impostas.

A professora, Madalena Teixeira ( membro da Associação e professora de História e Cidadania e Desenvolvimento), explicou-nos como era a escrita/leitura da linguagem de uma forma muito simples para que todos percebessem, que se baseou em: o braille escreve-se com apenas 6 pontos e a partir desses tais 6 pontos podemos escrever todo o alfabeto e todos os números. De seguida, entregou-nos um papel com todo o alfabeto braille, incluindo os números de 0 a 9, para nós observarmos e analisarmos, para decifrarmos qual nome que estava escrito no papel que a professora nos entregou, logo depois. Quando todos decifrámos qual era o nome, entregámo-lo à respetiva pessoa e todos podemos ficar com o nosso nome escrito em braille e com a folha que continha o alfabeto em braille.

Esta atividade foi muito interessante para nós percebermos que não é só por uma pessoa ser diferente das outras que devemos excluí-las e chamá-las de coitadinhas, porque todos temos os mesmos direitos, seja a escrever, a ler etc…” ( Matilde Silva, 8º A)

Parlamento dos Jovens

Publicado em Fevereiro 8, 2023

Os jovens alunos das turmas 10ºB e 11ºC, sob a supervisão e orientação da docente Ana Paula Rodrigues, no âmbito da disciplina de Economia A, participaram nas atividades do Projeto Parlamento dos Jovens, cuja temática em discussão este ano letivo é ” A Saúde Mental nos Jovens”.

As suas análises e reflexões tiveram também o apoio do Psicólogo Escolar José Bentes e da professora de Português Lídia Pinto que ajudaram os alunos a sistematizar a informação, bem como a olharem para esta problemática atual e presente na sua vida quotidiana com sentido crítico e cívico.

Desta forma, foi possível apresentar as medidas que os deputados eleitos propuseram na sessão escolar e que defenderam no debate ocorrido na Biblioteca Escolar ( no dia 9 de dezembro). Aí elegeram as medidas a apresentar na sessão distrital.

Estes jovens puderam ainda no Cineteatro do seu concelho, no dia 16 de janeiro, debater o assunto com o seu convidado o deputado Duarte Pacheco, economista e residente no Sobral que trouxe aos seus conterrâneos o exemplo de sucesso e disponibilidade para a defesa de causas comuns.

Assim, entre muitas partilhas salientou-se a importância de estarmos atentos aos outros, encontrar estratégias sociais, escolares e individuais para prevenir as doenças / problemas do foro mental nos jovens e a importante intervenção cívica no exercício da nossa cidadania, através do voto.

De facto, é possível com este projeto Parlamento dos Jovens de iniciativa da Assembleia da República educar para a cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política; conhecer a Assembleia da República, o significado do mandato parlamentar, as regras do debate parlamentar e o processo de decisão do Parlamento, enquanto órgão representativo de todos os cidadãos portugueses; promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e pelas regras de formação das decisões; incentivar a reflexão e o debate sobre o tema A Saúde Mental nos Jovens e estimular as capacidades de expressão e argumentação na defesa das ideias, com respeito pelos valores da tolerância e da formação da vontade da maioria.

Parabéns a todos pela sua prestação.