Novidades

AJUDARIS

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Uma ajuda que tem contado com a nossa colaboração criativa. Os alunos do nosso agrupamento, há uns anos a esta parte, têm participado e vencido o concurso da Ajudaris – concurso de escrita, cujas temáticas, diversificadas e extremamente atuais, dão azo à criatividade dos nossos pequenos escritores ( 1º e 2º ciclos).

Encontram na nossa biblioteca escolar exemplares do livro, respeitante ao ano letivo transato ( 2023), todos quantos queiram associar-se a esta causa solidária e, ainda, deleitar-se com as belas histórias, brilhantemente ilustradas.

O tema é a Paz! Boas leituras.

Os nossos alunos encontram-se já a produzir os seus textos para o Concurso deste ano, cujo tema é, naturalmente, importante e sério- ” PLANETA”!

OBJETIVOS

1. Despertar e fortalecer os hábitos de leitura e da escrita;

2. Estimular a prática da cidadania e da solidariedade;

3. Aproximar os contextos Escola – Família e Comunidade;

4. Impulsionar a rede de voluntariado na comunidade.

PROCEDIMENTOS

  • As histórias devem ser escritas coletivamente pelas crianças sob orientação dos seus educadores/professores;
  • As histórias podem assumir qualquer género literário (canção, poema, texto narrativo…);
  • As histórias devem ser enviadas em formato digital (editáveis – formato WORD) e devidamente identificadas (nome do agrupamento, nome da escola, nome da turma, título)

FORMATAÇÃO

A. Limite de Caracteres: 1700 caracteres, incluindo espaços (exemplo: Folha A4 – FRENTE)

B. Margens; 2,5 cm (superior, inferior, esquerda e direita);

C. Tipo de Letra: Arial;

D. Tamanho: 12;

E. Espaçamento: 1,5;

SELEÇÃO

As histórias serão posteriormente selecionadas por um júri independente, de 5 elementos, nomeados pela Ajudaris, que pontuará cada texto numa escala de 1 a 5, com base nos seguintes critérios:

A – Enquadramento estético da temática escolhida

B – Qualidade da narrativa* ver documento em baixo

C – Imaginação e Criatividade

D – Cumprimento das normas de formatação

E – Revisão ortográfica e de sintaxe.

Outras informações:

  • CONTO:

1. Categorias da narrativa:

• Narrador (singular ou coletivo);

• Uma só ação;

• Número reduzido de personagens;

• Espaço e tempo concentrados;

2. Estrutura:

• Introdução – o narrador apresenta o espaço, o tempo, as personagens e

os factos iniciais da ação.

• Desenvolvimento – o conflito desenvolve-se devido a um facto que

contraria a normalidade dos acontecimentos; algo de inusitado

começa a acontecer, prendendo a atenção do leitor.

• Clímax – é o ponto culminante da narrativa, um momento de grande

tensão provocada pelo adensamento do conflito.

• Conclusão ou desfecho – constitui o final da história, a resolução do

conflito; pode ser alegre ou triste, previsível ou surpreendente.

  • CARTA:

Elementos do texto epistolar:

1. Indicação de local e data;

2. Destinatário referido no vocativo;

3. Fórmulas iniciais e finais;

4. Assinatura;

  • POEMA:

Regularidade métrica

Qualidade poética

  • CANÇÃO:

Regularidade métrica

Qualidade poética

Articulação letra/música

A Associação agradece a colaboração dos professores e dos alunos.

Maria José Lima

Professora Bibliotecária na EBSJICS

Coordenadora das BE do AEJICS

ROSA – DOS – VENTOS

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Os docentes de HGP da nossa escola colaboraram, mais uma vez, com a BE, com os trabalhos dos seus alunos de 5º ano, integrados no Plano Anual de Atividades do nosso agrupamento. A atividade dinamizada em aula traduziu-se na construção de uma Rosa – dos – Ventos, recorrendo a diferentes materiais. Os trabalhos expostos na nossa galeria de exposições da BE, no final do 1.ºperíodo, estiveram (até final de janeiro) patentes a toda a comunidade escolar. Segundo os docentes Maria do Rosário Fernandes e Nuno Simões, o balanço da atividade foi claramente positivo, visível pela criatividade e entusiasmo demonstrados pelos discentes, acrescentando que se pretendeu com este trabalho que os alunos se familiarizassem com o uso de simbologia e convenções utilizadas nos mapas, compreendendo melhor a utilização de sistemas de orientação (rosa-dos-ventos/pontos cardeais).

ROSA DOS VENTOS

Não foi por acaso que o meu sangue que veio do sul

se cruzou com o meu sangue que veio do norte

não foi por acaso que o meu sangue que veio do oriente

encontrou o meu sangue que estava no ocidente

não foi por acaso nada do que hoje sou

desde há muitos séculos se sabia

que eu havia de ser aquele onde se juntariam todos os

                                                    [ sangues da terra

e por isso me estimaram através da História

ansiosos por este meu resultado que até hoje foi sempre

futuro.

E aqui me tendes hoje

incapaz de não amar a todos

um por um

que todos são meus e me pertencem

e por isso mesmo não lhes perdoo faltas de amor!

Mas porque maldição me não entendem

se eu os entendo a todos?

Eu sei, eu sei porquê:

Falta-lhes a eles terem, como eu, a correr-lhes pelas veias

     todos os sangues da terra.

mas, ó maldição que pesa sobre mim,

cada um dos sangues da terra não me inclui entre os seus!

Não pertenço a nenhum sangue de raça

sou da raça de todos os sangues,

o meu amor não tem condições que excluam criaturas

não é amor natural

é amor buscado por boas mãos

desde o primeiro dia das boas mãos

através de tempos desiguais e de estilos que se contradizem

com os olhos no futuro melhor

e a esperança convicta de que se ainda hoje não são todos

    como eu

é questão apenas de a humanidade viver outra vez

tanto como viveu até hoje

ou de mais ainda,

é questão de mais tempo,

ainda mais tempo,

é o tempo que há de fazer

o que apenas se pode atrasar.

Entretanto deixai que se convençam

aquelas experiências que ainda não se tinham feito

e ainda tão longe do realismo da redondeza da terra!

Entretanto deixai que os números se espantem

de que a totalidade seja sempre ainda mais pr’além!

Deixai os números instruir-se da verdadeira capacidade

   do infinito

deixai que a ciência prossiga em sua loucura galopante

explicando todas as suas falhas com desculpas geniais

enquanto não esgota a sua especialidade,

a especialidade de nos meter a todos nela,

o que é um estilo

um estilo mais

e não o último

porque nenhum estilo é o último senão a liberdade!

Deixai que milhões se juntem para formar uma força

enquanto outros isolados se reconheçam o bastante para

    ter a liberdade,

deixai-os a ambos que nada os deterá,

eles são duas metamorfoses minhas

das quais ainda conservo uma vaga memória.

Tal qual eles agora, eu já estive num e noutros antigamente,

quando na História

nos altos e baixos da minha ascendência

tomei também cada metamorfose minha

por minha definitiva realidade.

Deixai primeiro que o sangue deles

leve tanto tempo a dar a volta ao mundo

como o que levou o meu sangue

ou a História do Homem.

Deixai que a natureza consinta ainda em parcialidades

que o tempo consente temporariamente.

Deixai que o ardente desejo de totalidade, não possa ainda

      funcionar senão pelo meio ou pelas pontas.

Deixai que cada especialidade acabe de vez com a sua

     impertinência

Deixai que os sangues mais intactos morram por isolamento

ou espalhem morte e terror com o verdadeiro medo,

           a certeza de acabar.

Deixai que a Democracia e a Aristocracia

se cansem de não caber isoladas em parte nenhuma

já que não cabem juntas no nosso entendimento.

Deixai que Uma e Outra esgotem todos os quadriláteros

onde a Democracia não cabe

e, por conseguinte, a Aristocracia não sai.

Deixai sumir-se até ao fim a confusão de Nobreza e

     Fidalguia com Aristocracia.

Deixai que a Democracia repare que é um corpo sem

cabeça

e que a Aristocracia uma cabeça sem corpo.

E é o corpo que há de buscar a cabeça

ou a cabeça que há de buscar o corpo?

Esperai que venha esta resposta.

Entretanto deixai que a liberdade também esteja à espera

    desta resposta.

Deixai que se expliquem por si coisas terrenas que nada

          [mais ultrapassem do que o nosso entendimento

condenado a acreditar nos sentidos

mais do que em todo o trajeto desde o princípio do

         mundo até hoje.

José de Almada Negreiros

poesia

estampa

1971

AJUDARIS – TEXTOS SELECIONADOS no Concurso 2022-2023 – Tema A PAZ

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Foi com muita satisfação e agrado que recebemos o contacto da Ajudaris, projeto de solidariedade com o qual já articulamos, há alguns anos, que nos informou de voltarmos a ter textos vencedores, após a seleção do júri para o concurso “Histórias da Ajudaris” e que irão fazer parte da edição do livro de histórias de 2022-23 – A Paz. Estiveram entre as melhores histórias das mais de 1575 em avaliação.

Docentes e alunos depositaram o seu carinho e dedicação em prol desta missão, após o convite das professoras bibliotecárias. Deixamos as palavras simpáticas dos organizadores, para perceberem a importância desta iniciativa.

Estamos de coração cheio pelo fantástico envolvimento de todos os professores e educadores solidários que embora todas as adversidades atravessadas durante o corrente ano, abraçaram o desafio com muito amor e dedicação ajudarem as nossas crianças a crescerem em torno  de uma Educação repleta de conhecimentos e magia!

São vários os estudos que demonstram o quão significativo e frutífero é para as crianças e jovens a aprendizagem por projetos, no qual participam de forma ativa e são coautores do seu percurso.[…]

Parabéns a todos os professores e educadores solidários, pequenos grandes autores solidários e a toda a comunidade educativa que se envolveu na escrita de maravilhosas Histórias!”

Fica, desde já, o compromisso de voltarmos, no próximo ano letivo, cujo tema será O PLANETA.

BICICLETA À CHUVA – a leitura dos nossos alunos

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No âmbito do projeto Escola a Ler, a leitura da obra de Margarida Fonseca Santos deu oportunidade aos alunos das turmas de Ensino Profissional – 1º D/E de refletirem sobre o flagelo social -O BULLYING.

Em grupo, partilharam leituras e reflexões e concluíram que temos de estar atentos às consequências dramáticas naqueles que se veem envolvidos neste problema.

O mural que segue demonstra a súmula das suas mensagens, partindo da perspetiva de cada uma das personagens. Além dessas, redigiram slogans que são as suas palavras de ordem para combater esta calamidade, tantas vezes, tão silenciosa quão perniciosa.

Made with Padlet

ERASMUS+ em diário

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Neste ano letivo, os alunos dos cursos profissionais tiveram a oportunidade de estagiar em diversos locais, desde entidades e empresas a nível local, até parceiros em Espanha, Itália e Finlândia, com o apoio Erasmus+ e da Oestecim.

Antes de embarcar nessa aventura, escreveram uma página do seu diário, expressando o que sentiam, e enquanto estavam fora, desafiámos alunos de outras turmas do ensino secundário e do ensino noturno a imaginarem como seria essa experiência. Após o seu regresso, os alunos finalistas escreveram a página final do seu diário, relatando o que viveram e sentiram. Tudo em inglês!!

Espreitem, este e-book com os princípios, meios e fins dos textos em Inglês sobre os estágios.

É um testemunho do nosso trabalho. 

Is ” BETTER TOGETHER” !!

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Foi esta a conclusão a que chegámos, após as palestras ministradas pelas jovens oradoras responsáveis pelos Workshops deste projeto interessante e aliciante.

Durante cinco sessões, a BE foi palco de animadas e responsáveis reflexões sobre as temáticas da Inclusão. Os Direitos Humanos, os Estereótipos, o Racismo, a Discriminação de Género, religiosa e no trabalho, a Incapacidade e o Idadismo tornaram-se realidades sobre as quais os alunos teceram considerações diversas, mas, sobretudo, concluíram ter de lhes dar mais atenção e importância.

Deve ecoar na consciência de cada um, em cada dia da sua existência, o princípio humanista de que há sempre algo a fazer, uma medida/ atitude a tomar, um olhar mais atento sobre o OUTRO, de modo a tornar este mundo um lugar melhor.

A propósito desta experiência, em que se envolveram as turmas do ensino secundário – 1ºD/E, 10ºA/B, 12ºB/C e 12ºD, ficam algumas reflexões que partilhamos.

TEXTOS 10ºA/B

Made with Padlet

Criado com o Padlet

A Different Story

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The students of the 10th, 11th and 12th grades, participated in the activity “A Different Story”. They had to write a narrative around a chosen quotation from the English masterpieces “Peter Pan” or “Alice in the Wonderland”.  We thank all the participants for their creativity. Reading and writing is a wonderful adventure. Here you can read the winning stories and who knows if you’ll be our next winner…

XXVIII Concurso “Outras Escritas…” – 2022/2023 

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Mais uma vez, decorreu no Agrupamento o Concurso “Outras Escritas”, que premeia os trabalhos de expressão escrita que se destacam. Este ano, o tema-desafio lançado foi “O que posso fazer para mudar o que está mal?”, implicando reflexão e espírito crítico e a apresentação de propostas/sugestões de melhoria. A modalidade textual foi texto de opinião.

Ficam registados os textos vencedores. Parabéns!

Melhorar o que está mal

É preciso acreditar que a vida é movimento. Tudo tem um princípio, tudo tem um fim. As coisas que ontem estavam, podem desaparecer amanhã.

É importante aprender a fechar etapas, encerrar capítulos e histórias das nossas vidas, pois isso é viver: é preciso renovar, mudar. Quando ficamos presos a uma vida que não nos acrescenta nada por medo da mudança, na verdade já não estamos a viver como deve ser.

Tudo muda, tudo passa, tudo se reinventa. Crescemos, amadurecemos, e, com isso, mudamos. Faz parte de nós.

Por isso, não há mal nenhum em mudar o que está menos bem. Seja o que for e onde for, se algo está mal, não podemos ter receio de mudar. Mas como? Penso que é preciso, mais do que tudo, vontade. É preciso querer. Depois, na minha opinião, é preciso confiança. Dizer que eu quero mudar algo e, por isso, vou conseguir. Acho também necessário aprender a sair da zona de conforto, pois, por vezes, a resposta aos nossos problemas está fora do nosso olhar porque nos limitamos a ver o que está à nossa frente. Fechamo-nos nessa caixa e recusamo-nos a olhar para o exterior.

Não nos podemos esquecer que se queremos mudar o que quer que seja, não podemos esperar pelos outros, ou seja, se desejamos que algo mude, vamos mudá-lo, não vamos esperar que outra pessoa se lembre disso e depois seguimo-la; é preciso ter, como já referi, vontade, confiança e, claro, iniciativa.

Na nossa vida, deparamo-nos com diversas situações que precisam de ser mudadas; por vezes acabamos por simplesmente ignorar, fechar os olhos e passar ao lado. A meu ver, isso não é, de todo, solução. Se é algo pessoal, irá voltar para nos atrapalhar. Se é algo no mundo, irá atrapalhar outra pessoa. Se é algo noutra pessoa, a história será a mesma. Ignorar nunca é solução! Mais uma vez digo, e direi as vezes que forem precisas: Não podemos ter medo de mudar o que está mal.

Concluindo, tudo muda, tudo passa, tudo se reinventa. Nós e o mundo estamos em mudança constante. Evoluímos como pessoas, não somos estáticos. Crescemos, amadurecemos e mudamos. É a vida. Mudar faz parte dela.

Inês Lopes, 11.ºD

“O que posso fazer para melhorar o que está mal?” (Pelo mundo)

No mundo existem muitas coisas que estão mal, coisas que me incomodam, coisas que me inquietam. Uma das coisas que mais me chateiam é o sistema de ensino.

Atualmente, ensinam-nos coisas como tocar uma flauta, sendo que aquilo que mais precisávamos era que nos ensinassem a fazer o IRS. Ensinam-nos a fazer desenhos, mas nós precisávamos de saber abrir uma conta no banco. Ensinam-nos imensas coisas, a maior parte extremamente importantes e outras tão pouco. Mas nós precisávamos mesmo era de saber lidar com a vida. Como viver após sair da escola.

   Sei e tenho a plena noção que necessitamos de aprender obras literárias muito importantes da literatura portuguesa, como Os Maias, de Eça de Queirós, ou Os Lusíadas, de Luís de Camões, porque para além de nos transmitirem cultura, abrem-nos a mente, mudam a nossa maneira de ver o mundo e dão-nos ferramentas para sermos também um pouco “Fernando’s Pessoa” por aí.

   Sei que temos que aprender a tocar um instrumento musical e o mais barato e acessível a todos é a flauta, devido ao seu valor reduzido. Todos devemos poder experimentar o nosso lado musical, porque nessas aulas além de haver quem nunca fosse saber fazê-lo por falta de apoio dos pais, há também pessoas que ganham “o bichinho” e depois seguem para algo mais difícil e profissional, podendo fazer vida disso.

   Sei também que temos e devemos saber matemática. Porém, não concordo que haja quem não consiga terminar o secundário por não ser tão bom nessa disciplina. No meu caso, não consegui terminar o secundário por uma disciplina, Matemática A, sendo que terminei todas as outras disciplinas. Sabendo que a maior parte das pessoas que estão aqui comigo no curso noturno de educação e formação de adultos, são pessoas entre os 18 e os 21 anos, que não conseguiram terminar o secundário apenas por uma ou duas disciplinas, não conseguindo concluir nem pela maneira convencional, nem indo a exames, fico com a noção de que algo está errado neste sistema e isso tem de mudar, se não estes cursos que são supostamente para adultos que não estudam há imensos anos e que saíram da escola porque foram trabalhar, serão preenchidos apenas por jovens descontentes com o sistema.

   Se esta é a solução do governo para não terem de mudar os conteúdos de matemática, um programa que nos ensina imensas coisas inúteis ao nosso dia a dia, pelo menos devia dar-nos um upgrade nos conteúdos dos cursos EFA porque estes estão extremamente desatualizados. Temos um ponto no plano curricular que é, por exemplo, relacionado ao Fax, sendo que estamos em 2023 e ninguém utiliza o Fax, inclusive nunca o usámos. Já esses conteúdos de matemática extremamente difíceis para certas cabeças menos “inteligentes” (nessa área, sendo que devem ser inteligentes noutras coisas), deviam ser apenas ensinados na faculdade nos cursos que necessitem destes tais conteúdos.

   Na minha opinião, devíamos aprender a saber fazer coisas que serão necessárias no futuro. Currículo, IRS, saber utilizar todos os sites governamentais que precisamos de aceder ao longo da nossa vida para realizar pagamentos, alterar dados, como a morada ou contactos. Saber como abrir uma conta no banco, até como mudar um pneu, visto que pode acontecer precisarmos de ajudar alguém no meio da rua.

   Mas bem… pelo menos aprendemos a reanimar uma pessoa em paragem cardiorrespiratória, o que considero extremamente importante.

     Patrícia Narciso, EFA 1

O que posso fazer para melhorar o que está mal?

Teria que ser uma super- mulher para dar resposta a esta questão e arranjar solução para todos os problemas que existem no mundo.

Desde a guerra na Ucrânia, à fome em África, passando pelas catástrofes naturais, são vários os problemas a nível internacional. Já a nível nacional, posso referir a inflação, a pobreza ou a falta de médicos e de professores. Se tiver em conta apenas a realidade local, há estradas por arranjar no concelho e são inexistentes os autocarros, ao fim-de-semana, para levar as pessoas das aldeias para o centro da vila. No entanto, nada do que referi está ao meu alcance de mudar.

Vou então falar das coisas que estão mal, mas que talvez eu as consiga melhorar.

Começo por expor a realidade escolar de um aluno do 3º ciclo: acordar cedo, mais cedo que alguns adultos, e passar muitas horas na escola, com intervalos quase inexistentes (por vezes, os alunos passam mais horas no seu “trabalho” que os pais!); sentir-se uma “máquina de fazer testes”, já que é um, atrás de outro, e outro, e mais outro momento de avaliação; ter aulas consecutivas em que se debitam matérias, de cerca de uma dúzia de disciplinas, para que se possam cumprir programas escolares, sem que haja tempo para desenvolver o raciocínio nos estudantes. O que posso eu, uma simples aluna como tantas outras, fazer para melhorar estas falhas no sistema de ensino? Pouco, penso eu. Talvez apenas alertar que os alunos são apenas adolescentes e que, por vezes, são tratados como adultos.

Em segundo lugar, os pais. Chatos, para a maioria dos jovens, resmungões, autoritários ou até mesmo ausentes, para tantos outros. Entre ordens como “Arruma o quarto!” ou “Despacha-te!” e nãos como “Não podes ir” ou “Não me chateies”, é raro ouvir-se uma frase do tipo “Hoje vamos fazer um programa ao teu gosto”. Bem… E o que posso fazer? Imagino que um dia serei eu a ter que me desdobrar entre trabalho, cuidar dos filhos e de uma casa, pelo que, por agora, resta-me aceitar e tentar compreender esta (má) gestão do tempo e de prioridades de alguns pais. Posso também contribuir com alguma ajuda nas tarefas domésticas e talvez menos variações de humor, próprias da idade, contribuíssem para uma maior harmonia.

Para finalizar vou referir os mais velhos, não só os avós, mas também a sociedade em geral. Dizem que os mais novos são muito tecnológicos, que passam muito tempo no telemóvel/internet, que são uma geração perdida, que não sabem fazer nada. Esquecem-se que quando eles, os avós, foram jovens também tiveram comportamentos que na altura foram criticados e considerados inapropriados: houve

mulheres (avós) que ousaram tirar a carta de condução, por exemplo, ou homens (avôs) que usaram o cabelo comprido. Hoje em dia, esses mesmos avós não entendem que os netos possam conversar com os amigos sem ser presencialmente, usando as novas tecnologias. “Isso não tem cabimento!”, é o que dizem, ou “Modernices”. E para melhorar esta relação entre jovens e terceira idade, o que fazer? Provavelmente pôr-me no lugar do outro e perceber que alguém com mais idade tem mais dificuldade em aceitar as mudanças. Assim sendo, os jovens podem mostrar as vantagens dos avanços na tecnologia e talvez até ensinar a terceira idade a usá-la para fortalecer os laços entre gerações.

Em suma, infelizmente no mundo existem muitas coisas que estão mal e que não têm melhoria através da minha intervenção, dependem essencialmente de decisões políticas. No entanto, pequenas atitudes, individuais, podem melhorar outras tantas situações e tornar a sociedade melhor! Ainda assim, por muito que se melhore e minimize o que não está bem, o ser humano tem mais facilidade para criticar do que para valorizar e elogiar o que está certo.

Rita Batista, 8.ºF

Estou descontente, e agora?

Todos nós dizemos e ouvimos dizer que muita coisa está mal, desde a economia e o custo de vida até ao racismo e à discriminação. Mas o que fazemos para mudar isso?

Um dos temas de que mais se fala hoje em dia sobre o quão má a situação está é o ambiente e clima. Está mais que provado que as alterações climáticas são reais, no entanto, parece que a cada ano que passa, o risco de  um  colapso  ambiental, tanto a nível local como mundial, torna-se cada vez maior. Na minha opinião, isto acontece porque, sendo um problema que nos afeta a todos, nem todos estão disponíveis para abdicar dos seus interesses e luxos para tornar o mundo mais saudável. Por exemplo, nas cimeiras do clima, se todos os dirigentes políticos acordassem em abrir mão das energias não renováveis e implementassem nos seus países medidas que visam o bem-estar e a proteção do ambiente, já contribuía para mudar o que está mal. Mas não são só os políticos que têm poder para melhorar o mundo.  Individualmente, cada um de nós pode fazer pequenas alterações nos nossos estilos de vida, como começar a reciclar, economizar a água nos banhos, optar pelos veículos elétricos ou, se não for possível, utilizar transportes públicos e cuidar e limpar uma parte de um rio, contribuindo para uma relação menos nociva com o ambiente.

Outra das coisas que quase toda a gente diz que está mal é a política, seja no mundo, no país ou até a nível local. No meu ponto de vista, se acharmos que algo não está bem, devemos fazer algo para mudá-lo.  O descontentamento  da população em relação aos órgãos de poder surge quando esta não se identifica ou concorda com as decisões políticas tomadas ou com a falta delas. Para reconhecer isto, temos de mostrar a nossa posição através do voto nas eleições. Por exemplo, no nosso país, a abstenção é bastante elevada, o que faz com que, por vezes, menos de metade do país (os que votam) decida as políticas que são implementadas. Os políticos que elegemos também têm o dever de contrariar a revolta e o descontentamento da população, tomando decisões adequadas que reflitam os interesses da maioria dos cidadãos, sem beneficiar ou prejudicar certas pessoas ou grupos sociais.  Devem   beneficiar todos os cidadãos, não só alguns deles.

Em conclusão, todos devem fazer alguma coisa para mudar o que está mal. Às vezes, dizer que algo não está bem não chega e, nesses casos, é nosso dever tentar fazer algo para demonstrar e contrariar o nosso descontentamento.

Tomás Hagatong, 12.ºA

2º Encontro Nacional de Jovens Jornalistas

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Nos passados dias 3 e 4 de maio, o AEJICS esteve representado no 2º Encontro Nacional de Jovens Jornalistas, na Escola José Saramago em Mafra, pelos seus alunos Afonso Duarte do 10ºA, Inês Reis do 11º A, Gustavo Franco do 11ºC e Inês Lopes do 11º D e pela docente e professora bibliotecária Lídia Pinto. Esta iniciativa, organizada pelo Jornal Público ( O Público na Escola) e pela Direção Geral da Educação, contou com a presença de Jovens Jornalistas das escolas de todo o país- continental e insular.

O entusiasmo foi uma constante e as reflexões dos nossos jovens espelham exatamente isso.

Foi uma experiência inspiradora que nos permitirá ajudar a melhorar a nossa escola. ( Gustavo Franco e Inês Lopes)

Na minha opinião esta atividade foi muito benéfica para todos nós, permitiu conhecer melhor o jornalismo e quem trabalha nele e abrir os nossos horizontes, não apenas enquanto estudantes, mas também descobrir ou redescobrir o potencial que temos em fazer algo dos alunos para os alunos, através de jornais ou revistas escolares. Gostaria de agradecer a todos os responsáveis por esta atividade, pois fomos muito bem acolhidos, e à escola por nos proporcionar estas atividades inovadoras! ( Inês Reis)

Na minha opinião, foi uma experiência incrível, pois conheci colegas novos e tive a oportunidade de assistir a um workshop, bem como várias apresentações que me deram novo conhecimento. É algo que, certamente, ficará para toda a vida. ( Afonso Duarte)

A experiência certamente será para repetir e o gosto pelo espírito crítico, o olhar atento sobre a realidade e os seus vícios e virtudes ficou , tal sementinha, na vontade dos nossos alunos, que continuarão a contribuir com as suas reflexões críticas e cívicas nas atividades dinamizadas pelos seus docentes ( e quiçá por um “seu jornal escolar”), cuja finalidade visa a intervenção cívica e uma cidadania mais ativa.

Deixamos, de seguida, os registos dessa experiência inolvidável!

Notícia em vídeo

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Notícia do evento redigida pelos nossos alunos participantes.

NOTÍCIA DO EVENTO

Mafra acolhe Jovens Jornalistas

Nos dias 3 e 4 de maio de 2023 realizou-se, na Escola Secundária José Saramago, em Mafra, o 2º Encontro Nacional de Jovens Jornalistas, organizado pela DGE e pelo Público na escola para as escolas com clubes de jornalismo e jornais escolares.

As atividades iniciaram-se no período da tarde de dia 3, num dos auditórios da Escola Secundária José Saramago, no município de Mafra.

Após um momento musical, proporcionado pela escola anfitriã,  as individualidades representativas das entidades envolvidas no evento discursaram . Seguiu-se, então, a cerimónia de apresentação dos projetos vencedores no concurso do O Público na escola, permitindo a partilha de testemunhos e experiências.

Os presentes tiveram ainda a oportunidade de relembrar a importância das tecnologias que estão na ordem do dia, nomeadamente o papel da Inteligência Artificial e do Jornalismo, reforçada pela intervenção do orador João Ribeiro (cofundador da Shifter, uma plataforma editorial com artigos semanais).

A participação nos workshops, que tiveram como convidados Manuel Carvalho, Michelle Coelho, Sónia Matos, Joana Bougard, Adriano Miranda, Bárbara Simões e Luísa Gonçalves, profissionais do jornal O Público, promoveram, de uma forma crítica e atual, o gosto por este “contrapoder” que é o jornalismo, como referido por Manuel Coelho.

Foi ainda possível a uma atleta federada a concretização do seu treino diário, devido às infraestruturas disponibilizadas pelo município de Mafra, num espaço contíguo à escola, refletindo o cuidado do concelho em garantir condições para a prática desportiva.

O dia terminou, para gáudio de todos, num reconhecimento cultural noturno da vila de Mafra (Peddy Paper “Mafra By Night”).

https://www.dge.mec.pt/noticias/2o-encontro-nacional-de-jovens-jornalistas

https://7diascomosmedia.gilm.pt/

Plataforma TRUE

https://www.publico.pt/publico-na-escola/artigo/true-projeto-publico-ajudara-alunos-criarem-jornais-digitais-escola-2016058

https://true-project.mog-technologies.com/ENJJ

À volta dos clássicos da nossa literatura

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As turmas de 11º ano, no âmbito da disciplina de Português e sob a orientação da sua professora Graça Oliveira, a propósito do estudo do Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira, redigiram também os seus sermões e apresentaram-nos neste book creator ( um livro digital), que nomearam de ” Os nossos sermões, a nossa voz”. 

Partilhamos o resultado do seu trabalho.

BOAS LEITURAS!

https://read.bookcreator.com/IZL1iF7UDCcUnvHLXt8y9Kdenvl1/kC7VhR20Rim6_iFDJSuu7g

#rbeportugal

#pnl